A linguagem nos ajuda a fazer as coisas acontecerem

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A linguagem nos ajuda a realizar nossos desejos porque tem o poder de mudar as coisas. Impulsiona-nos à ação e permite-nos esclarecer quem somos, o que queremos e quais são os nossos limites.

A linguagem nos ajuda a fazer as coisas acontecerem e isso porque ela tem um grande poder. Graças a este recurso não só podemos descrever diferentes realidades, mas também gerá-las. Porque a palavra nunca é neutra, ela deixa uma marca e nos impulsiona à ação.

A nossa voz também cria vínculos ou estabelece distâncias, esclarece conceitos e ajuda a moldar a nossa identidade.

À primeira vista esta expressão é bastante perturbadora e esconde um testemunho curioso. Nossa realidade é percebida e descrita pelas palavras que usamos na vida cotidiana.

A linguagem nos ajuda a dar uma definição

Por exemplo, definimos órfãos como crianças que perderam os pais. Chamamos qualquer pessoa que perdeu o cônjuge de viúva ou viúvo. No entanto, a maioria das línguas ele ainda não deu nome aos pais que perdem seus filhos e o mesmo vale para aqueles que sofreram a perda de um irmão.

Como resultado, há um vazio na nossa realidade; há figuras e sofrimentos invisíveis que não têm nome, mas que, no entanto, estão presentes na realidade quotidiana em todo o mundo.

Além disso, todos vivenciamos emoções que ainda não têm nome. Vivemos de sensações de ansiedades e prazeres que nem sempre têm lugar entre as palavras de um dicionário.

Contemplamos características da natureza e da vida cotidiana que nossas mentes não conseguem expressar por meio da linguagem mas que, no entanto, existem. Por isso, às vezes nos perguntamos com certo espanto se alguém já sentiu o mesmo, se isso é legítimo. experimente esse sofrimento que não é descrito em livros que não é definido por um rótulo, gênero ou tempo verbal.

O revolucionário é aquele que consegue revolucionar-se.

-Ludwig Wittgenstein-

A linguagem nos ajuda a fazer as coisas acontecerem: medidas a tomar

A linguagem nos ajuda a fazer as coisas acontecerem. Para que isso aconteça, no entanto, precisamos de fazer alguns gestos e implementar certas estratégias que promovam mudanças e realidades mais gratificantes e felizes.

Já sabemos que aquilo que não nomeamos parece não existir ou permanece num espaço incerto onde a pessoa acaba se debatendo com seus problemas.

Os lingüistas dizem que a linguagem não determina o pensamento. Ou seja, como dizíamos, muitas sensações e experiências ainda não foram traduzidas em palavras. No entanto, a análise psicológica permite-nos afirmar que a linguagem nos impulsiona à ação desde que sejam tomadas determinadas medidas.

Primeira medida: nossa língua fala de nós, preste atenção em como falamos

Paul Anwandter conhecido autor de vários livros sobre coaching e especialista em programação neurolinguística nos diz que o ser humano se cria por meio da linguagem. Somos o que dizemos sobre nós mesmos, somos o que faremos, a forma como nos descrevemos e a forma como nos comunicamos com os outros. Somos também o que escolhemos calar e dar a conhecer.

Portanto, nos é oferecida uma oportunidade: a de nos transformarmos através da linguagem. Para que isso aconteça podemos levar em consideração as seguintes dimensões:

    Precisamos falar conosco mesmos de maneira positiva e respeitosa. O estudo realizado na Universidade do Texas pela Dra. Kristin Nef nos diz que a comunicação afetuosa conosco mesmos nos permite cuidar de nossa identidade e autoestima.
  • A comunicação com outras pessoas também deve ser respeitosa; Além disso, o que damos aos outros também tem impacto sobre nós. Um palavrão tem um impacto emocional em todos os lugares.
  • Se quisermos gerar uma mudança em nós, nossa linguagem deverá estar em sintonia com esse objetivo. Vamos evitar o não posso, isso não é para mim, certamente irei falhar, outros farão melhor que eu, etc.

Segunda medida: a linguagem transforma, crie a sua realidade

A linguagem nos ajuda a agir porque é capaz de transformar os acontecimentos. Gera possibilidades, nos fortalece em nossos posicionamentos e nos motiva a persistir. Para entender melhor esse conceito daremos alguns exemplos:

    A linguagem é ação porque determina o pensamento: amanhã vou me inscrever naquele concurso amanhã vou ligar para aquela pessoa para marcar um encontro hoje vou dizer ao meu chefe que nunca mais permitirei que ele se comporte assim novamente … Estas frases definem-nos e em muitos casos encorajam-nos a atingir estes objectivos.
  • A linguagem cria possibilidades: se diga não você está fechando uma porta em sua vida para alguém. Se você disser sim a um projeto, estará abrindo novas portas.

Terceira medida: confiança e ação

Se quisermos iniciar uma mudança, se quisermos sentir-nos melhor, resolver um problema ou alcançar um objetivo, precisamos de um bússola interna . Uma bússola que aponta para o norte onde se encontram confiança e ação. Porque se não nos comprometermos com consistência e perseverança não haverá movimento.

A linguagem só nos ajuda a agir se formos corajosos. Devemos estar dispostos a exigir o que queremos sem medo, a esclarecer o que não queremos, a perseverar diante das dificuldades encorajando-nos através de palavras significativas.

Para concluir nunca devemos hesitar em dar um nome ao que sentimos e queremos. A linguagem é a nossa melhor ferramenta de ação. Devemos usá-lo com o propósito de construir relacionamentos melhores resolver problemas e sempre ser consistente com nossos pensamentos e ações.

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